Desemprego piora distribuição de renda
- NA MIDIA
- Quarta, 22 Junho 2016 15:27
A escalada do desemprego tem produzido um efeito adverso na distribuição de renda do país. Após anos de queda contínua, a desigualdade – a distância de renda entre ricos e pobres – voltou a crescer com força no primeiro trimestre deste ano.
A tendência é objeto de estudo do professor da USP Rodolfo Hoffmann, especialista em políticas sociais, que usou dados do IBGE para estudar o impacto da falta de vagas.
Desde o início do segundo mandato da presidente afastada, Dilma Rousseff, em 2015, a desigualdade entre os que compõe a força do trabalho (desempregados e ocupados) aumentou quase 3%. É bastante para um indicador que varia pouco ao longo do tempo.
Nesse período, a taxa de desemprego subiu de 7,9% para 10,9%.
O levantamento se baseia em informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), cuja série começou em 2012. E capta apenas os movimentos de renda proveniente do mercado de trabalho. Deixa de lado, portanto, recursos que venham de aposentadoria, pensões e aluguéis, por exemplo.
Assim, se a pessoa perdeu o emprego, a renda, por esse estudo, vai a zero, mesmo que eventualmente receba recursos do Bolsa Família ou da Previdência.
Seguro-desemprego e FGTS, que têm efeitos só temporários, também não são computados.
A métrica mas apurada para medir a desigualdade é a renda dividida por morador de um domicílio, mas esse dado só é divulgado pelo IBGE uma vez por ano, em setembro. Até lá, para não ficar no escuro, estudiosos costumam usar como régua a renda dos trabalhadores ocupados.
NÚCLEO DA RECESSÃO
Hoffmann, porém, decidiu trilhar outra via, para ajustar a visão sobre o que considera o núcleo da recessão.
“Como uma característica importante da crise é o aumento do desemprego, é mais apropriado analisar a distribuição do rendimento da força de trabalho, e não apenas dos ocupados. Considerar apenas os ocupados implica desconsiderar os desempregados”, diz.
No primeiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, 11,089 milhões de pessoas tentaram, sem êxito, se ocupar. São desempregados pela estatística oficial. A informalidade também aumentou no período.
Entre o primeiro trimestre de 2015 e o início deste ano, segundo Hoffmann, “aumentou o desemprego, diminuiu a renda média e cresceu a pobreza”.
ECONOMIA NO ALMOÇO
Na fila do restaurante popular no bairro Santana, na zona norte de São Paulo, a cuidadora de idosos Rejane Araújo, 56, sentiu na pele o sinal mostrado pelos números. Perdeu a carteira assinada, faz trabalho informal e recorre ao prato popular para economizar no almoço. “A vida era mais fácil antes".
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO DE 20/06/2016
Notícias Gerais
-
1Nosso Trabalho21/08/2023
-
2Quem é a FENATA?21/08/2023
-
3Propostas da CHAPA DA FENATA (Gestão 2023 a 2027)21/08/2023
Notícias do Meio-Ambiente
Ações Judiciais: FENATA e Entidades
-
FENATA e ASTA-BAHIA x ADAB
FENATA e ATAESP X CREA/SP
FENATA e SINTAG-AL x CREA/AL
FENATA e SINTAG-RJ x CREA-RJ
FENATA e ATARGS x CREA-RS (registro de revendas de agrotóxicos)
FENATA e ATAGO X CREA-GO
Justiça Federal rechaça manobras do CREA-SP
Justiça Federal derruba último recurso favorável ao CREA/SP
Justiça Federal do RS decreta isenção da Taxa da ART
< 1 2 >