FENATA

Agricultura 4.0? A tecnologia que soma conectividade e produtividade para ganhos no campo

Plataforma apresentada na Agrishow se adapta a equipamento
de qualquer marca e facilita obtenção de dados. Outra central
permite gerenciar, online, as operações de uma fazenda.

O dispositivo é pequeno. Tem menos de 200 gramas e cabe na palma da mão. Um tamanho oposto ao das mudanças que está ajudando a provocar na produção de alimentos no mundo: trazer alta conectividade à agropecuária. O sistema é apenas um exemplo dos vários que compõem a chamada Agricultura 4.0, que alia alta tecnologia, conectividade, produtividade e respeito ao meio ambiente e à saúde pública.

Basta acoplá-lo à máquina agrícola para que se possa acompanhar, de dentro da própria máquina ou no sofá de casa, pela internet, cada movimento do plantio, pulverização e colheita no campo. Se pintar um problema, uma decisão corretiva pode ser tomada na hora.

As operações podem ser acompanhadas por meio de um aplicativo, que reproduz, virtualmente, exatamente o cenário da lavoura. A máquina e a área de produção são transformadas numa espécie de desenho animado. Os movimentos observados na tela geram mapas instantâneos da propriedade, como a quantidade de sementes lançadas no solo ou o volume colhido.,

Dispositivo se adapta a equipamentos de qualquer marca e facilita a obtenção dos dados mesmo sem conectividade com as máquinas Agrishow 2018 (Foto: Érico Andrade/G1)

Desenvolvida pela Climate, braço da Monsanto para agricultura digital, a plataforma Climate Fieldview, é direcionada à produção de grãos. Numa das salas montadas na feira, a empresa instalou um telão no chão, de 4 metros por 2,5, pelo qual é possível visualizar o que vai sendo explicado pelos vendedores. É como se o visitante estivesse numa fazenda em miniatura.

O gerente de produto Guilherme Belardo explica que, além de se adaptar a equipamentos de qualquer marca, a plataforma facilita, também, a obtenção dos dados mesmo em caso de não haver conectividade com as máquinas. Por meio de um outro aplicativo, é possível baixar as informações acumuladas nos tablets de cada uma e reuni-las em um mapa único, que dá um panorama de toda a área.

Outra possibilidade da plataforma é identificar, durante trabalhos de plantio e colheita, partes dessa área que estejam com problemas, como o ataque de pragas, fotografá-las e identificá-las com um pin (alfinete) virtual. Posteriormente, um sistema de busca localiza o ponto exato para que o agricultor possa corrigir as falhas.

 

Agricultura 4.0

Segundo o professor e pesquisador Mário César Souza e Silva, que tem uma empresa de desinfecção industrial, o conceito de Agricultura 4.0, abrangente, envolve todas as etapas da produção, desde a capacitação das pessoas envolvidas até a adoção de tecnologias que permitam que todos os segmentos da cadeia produtiva agrícola trabalhem de maneira integrada.

“É uma união de forças pensando na produtividade e em ambiente limpo, com o uso da tecnologia”, resume.

 
Colhedora de algodão exposta na Agrishow 2018 (Foto: Érico Andrade/G1)

Colhedora de algodão exposta na Agrishow 2018 (Foto: Érico Andrade/G1)

A agricultora Gabriela Nichel, de Chiapeta (RS), se rendeu à conectividade e aos encantos das novas tecnologias. Adquiriu uma plataforma de tempo real para cinco colheitadeiras, seis tratores e dois pulverizadores que operam nos 3,1 mil hectares de soja e milho da família.

O investimento foi feito diante das dificuldades encontradas para obter o máximo de desempenho das máquinas. “Era muito trabalhoso tirar as informações de cada uma. Eu não conseguia gerar os mapas. E o resultado do trabalho ficava abaixo do esperado. ”

 

Do futuro

 

Oferecer soluções tecnológicas de acordo com as mais urgentes demandas dos produtores é uma das características da Agricultura 4.0. A John Deere, uma das gigantes mundiais em equipamentos para o campo, aproveita a Agrishow para lançar um conjunto de tecnologias que, segundo a empresa, estão alinhadas a isso.

Uma delas é a Conectividade Rural, em parceria como uma empresa de desenvolvimento, produção e distribuição de equipamentos de telecomunicações, que consiste na instalação de torres de transmissão nas propriedades de acordo com perfil do produtor. Com isso, ele poderá se conectar à internet em locais em que não há alcance das operadoras móveis.

“Oferecemos a conexão entre máquina, tecnologia, pessoas e inteligência, que proporcionam maior eficiência e rentabilidade de forma sustentável. Em nossa visão, é a agricultura do futuro, e ela começa com o campo totalmente conectado”, diz o presidente da John Deere Brasil e vice-presidente de Vendas e Marketing da América Latina Paulo Hermann.

 
Agrishow reúne novidades de ponta para que produtor acompanhe toda a produção até de casa (Foto: Érico Andrade/G1)

Para maior eficácia do programa, a companhia, que organizou o estande em quatro partes, conforme as fases da lavoura – preparo de solo, plantio, tratos culturais e colheita –, vem promovendo adaptações nos equipamentos.

Um pulverizador já tem, no teto, uma miniestação meteorológica, para que o aplicador possa acompanhar as condições climáticas em tempo real. Uma colhedora de algodão equipa cada fardo com um sistema de radiofrequência, para que ele possa ser rastreado. E uma outra, de cana, reduz em 1,6% as impurezas vegetais que vêm junto com a matéria-prima, o que representa um aumento do volume enviado para a usina e, consequentemente, diminuição na emissão de carbono na atmosfera por tonelada colhida.

Fonte: G1.com.br

FENATA E-books

Carteira do CFTA para AndroidCarteira do CFTA para iOS

Tabela de Serviços Profissionais

Noticias do CFTA

TA SHOP

Emprego Agrícola - FENATA

Facebook

Últimas Notícias

FENATA, 35 anos de luta pela valorização dos Técnicos Agrícolas

  Fundada em 16 de setembro de 1989, a Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas é a principal e mais atuante instituição representativa da categoria no país.   A Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas (FENATA) chega aos 35 anos, completados nesta segunda-feira, 16 de setembro, como uma instituição forte, atuante, transparente, aglutinadora e reconhecida nacionalmente como a principal representante da categoria e uma das maiores apoiadoras da agropecuária brasileira, especialmente na assistência técnica aos pequenos, médios e grandes produtores. Uma das grandes conquistas impulsionadas pela FENATA foi a criação do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas (CFTA), em 26 de março de 2018, responsável por orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão. Hoje, a FENATA atua em sintonia com o CFTA em todas as articulações voltadas ao fortalecimento da categoria. Criada a partir da mobilização de associações e sindicatos de todas as regiões do país que lutavam pela valorização da categoria desde os anos 1970, a FENATA tem sua trajetória marcada pela firmeza nas ações em defesa dos Técnicos Agrícolas, tanto em relação à legislação quanto no que se refere ao respeito ao cumprimento das suas atribuições legais.   1ª Diretoria da FENATA(1989)   Entidade de caráter suprapartidária, a FENATA foi fundada em 16 de setembro de 1989 em Camboriú (SC) e atualmente reúne mais de 30 entidades – entre associações e sindicatos. Com sede operacional em Porto Alegre, a Federação dos Técnicos Agrícolas tem intensa atuação em Brasília, junto aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e nos principais estados de produção agrícola, buscando sempre solucionar problemas relacionados ao exercício da profissão e ao desenvolvimento do setor rural. “A FENATA surgiu com o objetivo de reunir as associações e sindicatos estaduais que estavam se organizando a partir da Constituição de 1988. A criação da FENATA revigorou e expandiu pelo país o movimento pela regulamentação da profissão. A FENATA passou, então, a coordenar uma articulação nacional pela valorização da profissão de Técnico Agrícola, buscando a garantia plena do exercício da profissão”, lembra Mário Limberger, um dos fundadores da FENATA e atual presidente do CFTA. Ao fazer um balanço destas três décadas e meia de atividade, a FENATA tem convicção de que tem cumprido com os compromissos assumidos com a categorial, sendo o principal deles a luta permanente pela valorização da profissão de Técnico Agrícola, razão de ser da Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas.    PRINCIPAIS AÇÕES DA FENATA E FILIADAS: Articulações políticas para adequar a legislação do exercício da profissão; Defesa das atribuições profissionais para geração de oportunidades e renda; Ações judiciais para garantir o exercício das atribuições profissionais; Atuação permanente junto ao Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas; Pela aprovação do piso salarial; Participação ativa na organização nacional da categoria; Acompanhamento de projetos no Congresso Nacional; Negociações salariais.    PRINCIPAIS CONQUISTAS DA FENATA   Decreto 10.585/2020 - Acabou com o limite de 150mil para projetos elaborados por Técnicos Agrícolas Decreto 90.922/1985 - Regulamentou as atribuições profissionais do Técnico Agrícola. Decreto 4.560/2002 - Ampliou as atribuições dos Técnicos Agrícolas expandindo sua atuação no mercado de trabalho. Lei 6.040/2009 - Criou o Dia do Técnico Agrícola que é comemorado anualmente no dia 05 de novembro. Lei 13.639/2018 - Criou os Conselhos Federal e Regionais dos Técnicos Agrícolas. Portaria 3.156/1987 do MTE - Enquadrou o Técnico Agrícola como Profissional Liberal.